sábado, fevereiro 28, 2009

Bagarre

Fatídico dia que recrudesce batendo-se a si próprio como que por efeitos há semente da imortalidade, invoca perversão radiosa que cobre a vista, credulidade teatral de quem não vê por si mesmo. Irrompe assim quem vive no antro do saber popular, respeitando a trocista imbecilidade, Zia consta, tropeça na própria existência, imerso na desflora noção.

‘Cardume que imerge, orca que foge’. Democratismo de curiosos imbecis vultos -os falcões - , regeneram holocausto às portas do firmamento. Sentenciam-se humanóides sem qualquer essência, nutre-se rebela escassa deste inexistente ser praticante do impossível, sem vácuo ganha importância das mitologias constantes, entregando-se à constante imune inércia. “Quando fazemos algo bem, as pessoas não sabem se fizemos algo ou não”, cantigas de quem fosse, subsistisse ou não, haverá constante entre nós. Reinvoquemos assim, rezando à agulha lívida no membro de alguém, sugando cada um desses, sem subsistir hás consequências. Decrescemos ao subterrâneo unicamente maciço, à superfície trémula …

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Zia

O azedume guarnecia-se de pudor naquela, cristalina sequela de outro medonho traste de mortalha ao bolso. Filtro de nada, universalidade que sufoca. Somenos fosse impenetrável não se rasparia da rusga dos pensadores - ladrões insonsos - da erva dilatada pela geração dos angulares. Mergulho na imensa tontura de ser que rasga, que cortam sem noção da ventura, do temor, de sair a quem. Fôssemos menos, mais, altos ou baixos, seríamos ambos expandidos nesta mente sedenta aquosa de quem já partiu a folha - recôndita sentença da mais pura inocência. A conjura simplesmente explicada duma dilatação da imaginação corrente ao crente utilitarista - simples cordeiro no regado de um guará. Sopra a quem parece correr, deixar-se levar pela maré de rocha, parte seguindo o medo, deixa o rasto esfumar a poeira que levanta e olear a pedra, criadora da lascívia realidade honesta que faz de mim nativo.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Auto

Distracção e demência de Vénus dariam luz a este rebento, barbárica luz que cobria a flora sazonal. Não era no entanto pútrido e impenetrável, esfumava-se leve e pura na imensa podridão sedenta de nojo. Poisou sem volume, simplesmente flutuante alheia à execrável existência, cortinado sobre o pútrido segregar salino. O dedo arranha o telhado brilhante pela chuva, aquém chora um miado latido da laringe

“Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.”