segunda-feira, agosto 31, 2009

Rugidos

Percorrias esta armadura em busca de uma congregação de juízos de facto puramente extasiantes de uma bravia cegueira persistente. Accionavam-se mecanismos, e quando rodas roçam no caloroso pêlo, um rugido traduz-se uma solução vaga de realismo. É uma mútua inversão de personalidades em sonetos ensaiados. ‘É aos músicos que devemos as veias.’ Desmanchavam-se girassóis enquanto alguém corava, os sinos abrandavam o ritmo cardíaco, ecos de choros revelavam-se harmonia, fundia-se vento em perfeição de sopro…
‘E que eu nunca fui muito de exultações, também nunca foram muitas as que escoltaram.’

Graves objecções adoeciam a visão, clarões recitavam de madrugada pedidos de atenção. ‘Enquanto fugias para o seu interior, deixando de saborear, era isto que desejava em vão, espaço vazio revelava-se sóbrio de expressividades pomposas numa confusa disposição de candeeiros e tapetes, ao fundo avistava-se uma portinhola de largura adelgaçada e semelhante à própria. Esboçando acres sorrisos, há entretela confrontava o cínico distinto, porém alerta. Zumbindo ânsia exteriormente. E por dentro, a hidráulica despoleta organismos destrutivos no seu vácuo mais ingénuo, no vazio mais faltoso, no mais casmurro. Preces imensas não se despediriam do moinho sem qualquer prejuízo.

Quando por detrás da porta gritam sorrisos pomposos, ele -o inócuo - contrai-se, encontrando-se só preso a uma especiaria total.
‘Quem não perder sentido não encontrará razão’.

quarta-feira, agosto 26, 2009

'... Et comme vous le souhaitiez à s'inquiéter et de se concentrer sur votre égocentrisme, l'atomicité de la réunion sur les rares vestiges de cette boîte de rompre rudimentaires, en continuant à publier un ample et fleurie, un peu à l'écart de ce que vous auriez à l'esprit, vous n'étiez pas absorbé. Puis-je avoir convenu de la saisie d'opinions générées par une déclaration inexacte, mais l'effort est pour moi une honte. Pour vous il n'ya pas de folie, concernant les efforts faits, mais vous méritez-vous respecter un stérile et sale, même par un peu d'entretien pour conserver ... '

Apelo

Queira-te aqui, acolá, tivesses feito um lava-pés a requisitar a asa que se desintegrou tendo-te barrado fronteiras e, tu, sem permissão desses, trespassarias como o fizeste sem fim a meios e simplesmente observarias. E silêncio ecoaria a longos ruídos pelas ruas, não fosse embuste. A tirania do que se dizia chamar rotina traria até nós a salvação do desengano. Enquanto renascias para nós, forasteiros, tratarias mais confusão por canais de fraude que de crença. No que te tornas, e não a essa solução da tua surpresa ora onde te levaria a subestimação, encravam os meus circuitos, empecilhando a harmoniosa instalação recorrente de mais uma e única história talhada a laminados de prata. Embutindo uma sensação inteiramente esculpida em volta do bem-estar, deleite de um quê dos ciclos viciosos eles mesmos apetecíveis. Trocas-te pelas dez árvores supérfluas que aqui colocara e deixas-me fugir. Não tenhas pena quando, exilado, caíres, sem resguardar memórias do quê ou quem, deixando-te ressoar o quanto podes numa nuvem livre e saturada.

domingo, agosto 23, 2009

Os momentâneos

Observava o exterior, explorando ínfimos íntimos. Subia a escadaria despindo pretensiosos detalhes, a ganância de espírito assolou-o. Resgatou todos os tratados humanos, encortiçando-os por ataques silenciosos, recorrendo à extorsão dos ânimos póliposos e porosos, despedia esplanadas vastas, abraçando o óxido de hidrogénio, suspirando a aljôfar sublime ante uma intenção superior dita ancestral. Estrangulado por uma realidade debilitante, gritante num sufoco contínuo, respondia com punhados de criação.

E o crânio expande-se por uma compaixão, vício que lhe corre nas veias, adormecida pelas morfinas administradas, enquanto articulando faixas e bálsamos num sátiro ócio. Roçando-se na imaginação, continuava com uma satisfação reeducável, enchendo vasos de cores mastigadas pelo tempo, esmagadas pela fadiga dos seus sucessores.
Farto, chamou-a como cúmplice do cortejo, e numa ênfase teatral escapou-se por si, concretizando-se. Rebentando mais uma artéria, comparecia cada vez menos ao real, substanciando-se numa lufada inócua de cólera. Quanto ao tempo que cessasse, mais se extinguira. Entreviam-se por controvérsias, aliados à simplicidade do caos.

Pensamentos, esses acabam-se presentemente, por desenlaces solitários à medida que a espera pinga.

terça-feira, agosto 18, 2009

Polpa

Deixo-me de pleonasmos floridos. Ego de extravagância paga e escovadíssimo, era mais do que ele, um furibundo, de uma destreza, demência barbitesa. Sentou-se, colaborando com o pensamento rígido. Descia patamares a cobrar pensamentos toscos, ao relacionamento humano alvorava devaneios ansiados, descolava-se duma calçada azulada e ascendia ao fundo da consciência. Decalcava descalços e nus, esmagadas pela lentidão eram as memórias aprazíveis de outros, redesenhadas por alguém que saqueava. Encarnava a frieza mais que loucura bravia. Numa aresta de acções incompreendidas continuava saltaricando.
Sem saber, o presságio nervoso acumulava os lobos occipitais, formando nuvens ilusórias, impressões repentinas de névoas negras sobre ela, não fossem meros distorcidos distúrbios visuais. Passeava-se, enquanto encharcado em adulteração, pensando na redenção já extinta.
Enquanto havia quem espalhasse paleio constitucional, arrastava-se. “Se as pessoas nunca fizessem disparates também nunca se faria nada de inteligente”. Não se abria à entrada, por mera questão de fossos de putrefacção, não tamanho, mas sim orgulho.

‘Mas então, quem se absolveria de ti, ou mim, ora pecaminosos erros que fazem humanos supérfluos sensíveis?’


Ninguém ouvira, dissertando-a enquanto descendia algo ou alguém seu relacionado, quem se temeria não sabia o que esperava. Mas caías pelo fundo duma validade mental, em espiral, embora sério e calmo, temia-la ainda que tudo. Vangloriava-se dado o pensamento próprio olhado sobre si mesmo duma besta colossal, não temível, embora miticamente ríspida. Ruas dele eram invadidas, quisesse ele deglutir. ‘Tenho falado comigo de novo, simples sonho de uma estéril corvina, reencarnemo-nos entre tempos fados, aí susterás a respiração pelo vigoroso baque atrasado, e balbuciarás.’ Resguardado pela retenção da curva de saturação em que se mutava a linha de raciocínio, perdeu-se por pausas longas e circunstanciadas.
O seu cavo era menor, preso por questões informais insensatas de vasculho, quais sobreporão pensamentos vis, numa prostituição mental cedida por monarcas que, entregando-se e negociando mentes, suscitavam: ‘Ora, só não queres crer! A absolvição de um milhão valeria por um hectare.’

domingo, agosto 16, 2009

Arrostar

Entendo uma necessidade de tempos silenciosos, quaisquer que sejam como forem qualificados. Não te acolhes de descanso ou compreensão, jamais pacificação, a incansável destreza de fugir e continuar a moer. Sinto uma necessidade que não sigo, tento fechar um cume carnoso exuberante mas o irreal consciente acaba por defecar numa realidade imensa à qual coexistimos e que nos deixa escavar por entre as próprias vértebras cervicais, realmente fomos só nós - as comuns, quem se deixou afogar em mares de agonias. As sirenes inflamam a clóclea, impendendo-nos do pensamento que nos aflige. Agora que o descanso se torna casto, vou fugir de ti e deixar-te defrontar.

“…your heart beating thrum-pum-pum-pum…”