Observava o exterior, explorando ínfimos íntimos. Subia a escadaria despindo pretensiosos detalhes, a ganância de espírito assolou-o. Resgatou todos os tratados humanos, encortiçando-os por ataques silenciosos, recorrendo à extorsão dos ânimos póliposos e porosos, despedia esplanadas vastas, abraçando o óxido de hidrogénio, suspirando a aljôfar sublime ante uma intenção superior dita ancestral. Estrangulado por uma realidade debilitante, gritante num sufoco contínuo, respondia com punhados de criação.
E o crânio expande-se por uma compaixão, vício que lhe corre nas veias, adormecida pelas morfinas administradas, enquanto articulando faixas e bálsamos num sátiro ócio. Roçando-se na imaginação, continuava com uma satisfação reeducável, enchendo vasos de cores mastigadas pelo tempo, esmagadas pela fadiga dos seus sucessores.
Farto, chamou-a como cúmplice do cortejo, e numa ênfase teatral escapou-se por si, concretizando-se. Rebentando mais uma artéria, comparecia cada vez menos ao real, substanciando-se numa lufada inócua de cólera. Quanto ao tempo que cessasse, mais se extinguira. Entreviam-se por controvérsias, aliados à simplicidade do caos.
Pensamentos, esses acabam-se presentemente, por desenlaces solitários à medida que a espera pinga.
domingo, agosto 23, 2009
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2 comentários:
é dificil para mim ouvir bach e ler isto, mas tento mais tarde. com vinho branco.
se aprecias o compositar, devias conhcer este artista http://www.youtube.com/watch?v=qB76jxBq_gQ ele praticamente dedicoua vida a estudar bach.
houve um filósofo, cujo já não me recordo do nome, que defendia a ideia que só havia uma verdadeira e significante questão filosófica:
"deves, ou não deves suicidar-te?"
o meu problema é que não consigo ler palavras, e ouvir palavras ao mesmo tempo. e quando ouço algo como bach, tenho a necessidade de realmente a ouvir, sentir os seus diálogos.
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