domingo, agosto 16, 2009

Arrostar

Entendo uma necessidade de tempos silenciosos, quaisquer que sejam como forem qualificados. Não te acolhes de descanso ou compreensão, jamais pacificação, a incansável destreza de fugir e continuar a moer. Sinto uma necessidade que não sigo, tento fechar um cume carnoso exuberante mas o irreal consciente acaba por defecar numa realidade imensa à qual coexistimos e que nos deixa escavar por entre as próprias vértebras cervicais, realmente fomos só nós - as comuns, quem se deixou afogar em mares de agonias. As sirenes inflamam a clóclea, impendendo-nos do pensamento que nos aflige. Agora que o descanso se torna casto, vou fugir de ti e deixar-te defrontar.

“…your heart beating thrum-pum-pum-pum…”

1 comentário:

Laura G. disse...

amo-te mariana, tu e só tu me cosegues compreender completamente.
a ti devo oconsolo dos dias e o abraço invisível que me cobre em qualquer lugar.