terça-feira, dezembro 16, 2008

Pretérito

Estava na hora, pasmava assim estagnando o tempo. Fogo forte da passagem de um melro, chilrear de quem já não aguenta mais chumbo. “Pelo mar, o bom do vento marca o tempo da canção”.Cãibras musculares - de vós que esticavas o imenso menos possível, pretérito mais-que-perfeito - por tentar agarrar o céu, pasmava sem ligar á dor. Tentavas desenhar-me o acontecimento, enrolando volutas com a tinta que fugia madeira abaixo. Era a guerra de fachada entre o absurdo e o plausível, sendo nenhum prestável a um coma ao correr da ampulheta. Sabotássemos nós, ‘Hei-de’. Será que arranjas quem te salve? - Tenho pedras por contar - arranjas algo néscio meu, que já esqueci no frio mais abrasador do meu nada antecipador á tragédia. Era negro, Impedia de qualquer campo de visão, sentia-me flutuar. Já não me puxavas, deixavas a guerra civil acabar com este matrimónio construído sobre raízes impossíveis de estagnar...


Vamos festejar, pois só já nos resta cair.

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