segunda-feira, dezembro 08, 2008

|

O que se sente rebate-se sobre o que se é sem medidas a limites. Percebe-se a insignificância, a finitude nunca antes vista por perto. Fundem-se no cinzento, não dão que pensar ao ser esmagado violentamente - não é a pedra, a folha que esmagam, é sim a formiga, mesma que me trepa acima. Chama-se de novo á mesma sala, planície dos que paravam sem caminho. Olham-me nos olhos pela superfície espelhada, rodam-se lhe os globos oculares lentamente até pararem secos, pálidos manchados por pálpebras inconscientes. Rotação constante gemida pela terra que pisou a consciência. Queríamos ser maiores, mas fomos diminuindo ao invés. O fumo expandia-se pelos músculos. Rastejava com irritantes chinelos de borracha, coçava a flanela envolvente, agarra-se ao ferro com se forma uma ligação, áspera dor da delícia do masoquismo. Puxava e mais um pouco se expandiam os pulmões escarnecidos.O calor colossal levava-nos ao auge, éramos leves migalhas que voavam num fumo púrpura, ou roxo, ou turquesa. Quem saberia? Caíram-te os chinelos, o ferro fraquejou ao tentares manejar um continente por si só. O tamanho ajudava mas não eras tu quem se destinava á mesma fraqueza inoportuna. Não dormias ao levitar, desgastavam-se os tecidos deixando a carne viva límpida e bela.

Puxaste o filtro, desiste, esmaga-lo igualmente como tu antes foste.

My one sided warmth, i just wanted more
But i'm small, i'm not a planet at all
i'm small, i'm small, we are all.

Sem comentários: