Crawls against the fog.
Sala Branca. Reapareço tempo. Fio que me prende a nuca. Chuvisca, amargo duche, olhos fechados deslumbram mentes abertas. Baixo. Cima, teste. Água repinga pela parede horizontal, cobrindo, manchas. Suspiro. Peso morto na mão, punho cerrado. As unhas serram a minha carne lentamente num grito relutante. Abstenho-me. Nulo, neutro. B-R-A-N-C-O. Buraco que funde tudo, metal do que antes era pavio, do que havia para fundir: não . Bola de sebo, líquidos humanos, embalada em linho, saco desportivo. Nervosamente mexo dedos, tremendo por todos os cantos sem nada a fazer. Estrondo, prende-se o saco á masmorra, parte-se a inocência. Inexistente, ou pouco mais, um aborto á espera que o tragam de novo para ti. Mais nublado. Mais. Largo as mão ao abandono de quem as quiser levar. Sangue.pulsos rodam, formando o ruído infernal de ligamentos deslocados. Agarro-me ás paredes, que se parecem fechar enquanto me deixo cair. Forço o mais que posso, banhada em de suor vergonhoso de orgulho. Gemo, mas nada se ouve. Um grito silencioso que inquieta a surdez do ouvinte. Branco...
...Algo. Cor ? Materializo-me aqui; futuro, presente... Minimercado minúsculo. Agarro numa Frize, com remorso de partir a ambição, frágil como vidro. 'Atiro-te fora de horas'. Pontapeio o carro com toda a força possível. Mal se move. Muda. Trago difícil. 'Atiro pelas horas fora.'.
terça-feira, setembro 30, 2008
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