domingo, novembro 15, 2009

Escrevinho

Já lá vão 107 vezes que me deixo encantar enquanto alguém arruma os seus dedos e toca mais uma balada, pelo patriotismo que eu não favoreço, à excepção da contemporaneidade do ouvido. Por ser imensamente persuasivo, continuo no isolamento de um consolo que me afaga o pêlo, compondo letras e palavras que me esticam as peles que fazendo doer na particularidade exterior a mim espetam, como se de uma só me tratasse e sem porções superficiais, entreabertas à densidade que nos cobrem, uma igualdade. À entoação desta voz que expira o fumo do colorido Olimpo, em tons fluorescentes e recíprocos a uma queda sons, as tónicas elevam-me a consciência. Lembro me do que já vi e penso se errei mais do que mero o caminho e a dose, também ela frívola, que me concede a traição. Nunca houvera sedas nem veludos, a simples pele deixa-me deslumbrar uma nudez que por si se expira em suspiros de açafrão. Agora sinto-me esguia e interrompida, na convicção de nada confiar, pouco planear de uma ainda menor erudição. Retiro-me desta partitura, aberta à persuasão de um melhor agoiro enigmático, uma outra equação.

1 comentário:

miu disse...

Amo-te ♥
sabes que estarei aqui, não importa o tempo que passe, estarei aqui, sempre, hoje, amanhã, depois, mais logo. não importa, vim para ficar