sábado, outubro 10, 2009

Verdes Anos

Aprendi a cantar debaixo de água, num sufoco ou outro afogo e esqueço me, no fundo da podridão, não retorcerei. Aguadas de tinta-da-china vão me demarcando o passo. Dúbios parvos olhos, esses que seguem o calor humano. Atravessa-me um mastro o estômago, desenrolam-se os noves metros do mais encardido e puro que crio, num clemente carácter curvilíneo.

Contraindo cotovelos e caindo, respiro o folgo, um redobro e um impasse estático e contorcido. Divergido o desejo, é-me incompreensível entender o rasgo de tantas verdades, a insolência da alforria e os nós. O peso de laçadas e entrecortes de atalhos numa cola acinzentada, sangue pisado entre suscitações e no qual me desfaço. Não me é possível na surdez do saber e da satisfação porque só assim o faria mais cedo. Descontentamento ao efeito de quem me segue os estuques, porquanto só anteriormente teria tido vaga a consciência. Derreti já a penhora e deixei-me consistir na vergonha que quero compor, para que jamais contemple.

O que eu danço, os esticar e distender, provando a torção e dor do sabor acostumado ao voar, é aborto. De outra forma não mo seria possível reescreve-lo assim. Não era outro o motivo que me levava a deixar remoinhar, destilar e sobre pedras moles exibir pernas esmurradas. A minha discórdia entre tantos que se deixam galardoar por ideais rematados, simples imaturidade essa de consciência e envolvência. Fixo-me em verbos rebuscados, detalhes descobertos de intuição. Deixo de compreender tanto esbracejar e já só escuto quem remata cordas, peles e madeiras, entre tantos tecidos que me forçam à vergonha saída dos poros, já por si verde demais.

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