domingo, fevereiro 21, 2010

Solo

Saí sem sentir odores, enviesada a Língua esmorecida no pesar de uma menor ilegalidade: a maior detenção. Largava o pulsar de quem me esbarrava a entrada no largo da incoerência, maldições contraditória são justapostas em folhas vegetais que me tingem a tinta, entre vazios rios que me incarnam o nascimento. A expectativa escurece e decorre pela sinuosa viela, abstêm me o puritanismo modernista, a fuga e a permuta conjuram verdades com seda. Um prelúdio entoa-se em três cordas e pede uma passagem, repugnando-me a destreza de fugir pelas paredes. Entrelaço uma perna no arco que me compõe, recuando até ao meu pé, saltitante de mais para um outro olho, desarmando a minha liberdade, desenrolando-se em graus. Uma pródiga mão interpela-me, mostrando-me caminho para o dissimulado, agarrando-me os joelhos numa dança sofrida, quase que obrigada à sua morte, forçando a circunvolução dos cotovelos, evitando a rota já pisada na fragmentação da atmosfera. As piruetas e movimentos circulares de uma recuperação quase motita, embora saudável actua numa definição de doente desvalorizado pelo seu âmbito e prevalência, enraizando-se em tons de ocre, destruindo espaços. A impetuosidade desenrola a perdição, decaindo-me na terra estéril, empunhado objectos reais, apenas dúbios e incobráveis na árida extensão que teima em povoar.

Quando o tamanho me pesa, sou grande no meu caminho.

Sem comentários: