sexta-feira, dezembro 25, 2009

Transgressão

Uma ânsia que espera os saltos, estalos sobre o soalho. Ela que se entregue aos pregos, suaves adultérios de uma efeméride que os interpela só para conseguir o seu sabor: a mistura de carnações que se unem para depois se afastar novamente; os joelhos crescem em tiras de papel; a verosimilhança de cores; o estático nervoso que corroía a convicção; não que se lhe diga uma tal perda de razão; a falta de açúcar; o correr de duas linhas conjuntas; o escorrer de “claros” enquanto morde o lábio; a sujidade do ladrilho. Claro que o seria mais formoso, dói-lhe a ele; nenhum de dois foge e embraiam-se no desfocado. Prescrevem duas linhas que engraçam nos caminhos de cadeias. “Que é que farias?”, cortavas mais um dedinho e inquirias, pérola que inunda as paredes agora vermelhas, gemem três mais uma vez. O toque do fundir do hipotético com tenção, são largas as faias que o saqueiam. Traduzem-se as traições a dedo, “Incidências do já pressuposto, deixavas de o querer; de nada arriscarias senão o poder puro.” O couro já rasgava as veias, desentrançando a dor e comiseração de quem roubou a dádiva.
Presentemente ainda se senta nela, a traição é um peso, mas lascívia melhor ainda que a natureza carnal.

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