quinta-feira, dezembro 25, 2008
Vilipêndio
Nostalgicamente abres os braços do vento, gesticulas dedos á espera de marfim que os suporte. Sequência de graves, um suporte que se abre em mim entre as portadas de varanda. Observo o leite vazar, dedos a abrandar. Encosto-me sobre madeira podre. Significado simbólico, ciente da fidalguia envolvente, pisa em espera que algum balão se desocupe sobre si mesmo. Sais desse transe benigno ao qual te cambaleias sem esforço. Pairas sem pensar, olhos na ladeira que te avizinha. As plantas já sucumbiram á aristocracia, mal te moves sem rasgões. E observas… indecisos polegares movimentam-se sobre mármore negro, a bonina e a menina que me mancham o olhar.
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