terça-feira, setembro 09, 2008

Sonhos

Sente se a necessidade poética, embora se escreva prosa. Não., Poesia. É o que me ocupa quando escrevo, que me desocupa enquanto durmo, noutro corpo, noutro sitio, noutra vida. Abrem-se os olhos. Volto de novo a este corpo, mas continuo lá. Estou aqui e lá. Há quem permaneça completo nos dois. Não posso, não quero? Permanecer firme de pés na terra é uma ideia consistente, não agradável. Permanece o vazio, entre as entranhas, do que já fui. Quando não se consegue combater e o cansaço, esforços inúteis do que sou, volto a ser de novo. Sou dois seres sendo só uma pessoa. Só uma mente que tenta arrebatar mundos com a sua força. Mas a força esgota-se, e eles apoderam-se de mim...Intragável cheiro a alfazema percorre-me o corpo. Cheguei. Uma vez mais, por uma pequeno espaço de tempo. Uma porção de liberdade alimenta-me. 'Se ao menos não pudesse voltar'...

Sem comentários: