sábado, junho 28, 2008

Ranhura

Continuo na sala. Apercebo-me agora que consigo abrir a boca, falar, sentir olhar sem destruir a chave. A porta, essa não é totalmente fechada. Debaixo da porta á um espacinho. Espacinho esse de meros milímetros. Nada por aí passa, um mísero espacinho daqueles não serve para nada. Engano-me uma vez mais. Sem demoras entra alguém pelo pequeno espaço debaixo da porta de metal. Puxa-me. Puxa-me a alma, puxa-me o sentimento, puxa-me somente a mão. Mas quer dizer tanto. Não estou totalmente só. Essa pessoa também já sofreu muito. E ainda assim não perde tempo para me assistir. Um paço á bebé. Já é muito. Sinto-a, mas ainda não estou no meu juízo perfeito, muito pelo contrário. Sinto-a como calor...

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