Fecha-se a porta, ligam-se as mangas. Nunca foi sobre isso. Um passo para trás. "Para que os olhos verdes, se os posso ter vermelhos, e se o vermelho dos meus olhos, vem do verde da natureza". Outro passo atrás. Embate. Uma porta tão fria que escalda as costas através do tecido. Óleo mancha o tecto. Nuvem forma-se de dióxido, quase pútrido. 'De que serve se não me ouvem?'. Eu. Fui, sou, serei: não sei. O chão foge a meu pés. O vapor cai, formando uma carga sobre os meus ombros. Sabe a metal. 'Tu.'. Sinto os olhos a sair da órbita. 'Para quê voar com asas cortadas sem gaiola, quando tudo o que tenho é éfemero'. Acelera o paço.'Foste tu quem me tirou.' Sinto o calor da nuca a descer pela espinha, lentamente. Arrepias. Estimulante talvez. Os joelhos tremem e tem de se reunir mais. Levanta-se. Firme e hirta. Para. O óleo inunda o tecto e começa a verter.Um passo atrás. Suspira profundamente. Corre com todo, no que parecem horas.Em escasso segundos embate com a parede. Dor? Essa, só a há na alma. Estrebucha. Silencia-se...
'A Ingenuidade fui eu que a matei a teus pés.'.
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