domingo, abril 25, 2010

Trejeito

Desenhava semicírculos enquanto encaixava o frágil polegar esquerdo no respectivo maxilar, aconchegando-o de uma plena e impossível queda do palato. Palpitavam-lhe as cabeças dos dedos crestadas em belas deformações pelos pobres gostos viciosos de desassossego; veias tingiam-lhe carreiros pelas mãos de uma singela harmonia talvez mais límpida que o baixo timbre estremunhado do seu interior. Disfarço a comichão que me acentua o esgar dilacerado pelo sol e sigo-me no retorno do olhar aos aduncos que me desfalecem a bondade das pernas, de uma outra vez. Como em todo o resto sente-se o meu desfavor pelo direito e desprezo das repelências perpendiculares que me passeiam a cabeça. Torna-se automático o soltar de um vómito soluçado entre compaixões e cores lúbricas espirradas entre os pulmões numa clausura que se mostra simples tosse. A desobstrução do miolo deixava-me ouvidos a purgar da tal forma que obtinha enquanto lhe observava o lábio superior, roída sobre o meu e do ruído de fundo. Pedem-me gentilmente, os grandes, que me coordene, dissessem que fizesse sentido não o seria credível, arranhando-se lhe as rugas em névoas ensanguentadas em costas de continentes cuspidas das bordas do empório, enquanto o pequeno pirómano escreve o sabor na pequena mecha de barba que lhe enfeita a bochecha, riscando-me o disco da raiva que magicamente entulhe o sistema do desprezível esquecimento que me rompe a manga. Afogueio-me da comichão uma vez mais e desprezo onde então me coordenava.

Sem comentários: