"Aquilo que aprendi já não o sei. O pouco que ainda sei adivinhei-o."
Soltam-se calafrios na cabeça, a ironia que imagino a fechar é a mesma transcendência que me une os braços ao tapete. Não colhi uma sombra estática, vesti-me de lobo, larguei-me de casa. Guardei, apenas os único que me faz levantar na expectativa de morrer na esquina, atraiçoado a inércia que teima em seguir. Podia diminuir este aumento de revirares mas deixo-me estar pela injúria que vivo em momentos destes, a espera melosa de faca atravessada. Ambos os que me desintegram firmam-me entre pequenos pedaços de borracha, o maleável conforto que me arranha a nuca faz-me pensar na provocação. Viro o olhar para o canto superior enquanto matraqueio e paro num movimento exterior incessante, coma que me reconstrói a cada dia, mudam-se os números para o emaranhado. Não rótulos, quisesse delinear, marcava os risos com outros dentes, forjara-vos a querer acreditar – não seremos parasitas dessa peste humana que decalca o chão, moldando então as folhas do aquário que nos amamentou a cortesia?
É pouca a franqueza pura de um ornato intelectual que nos custa o corpo.
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