sábado, janeiro 15, 2011
Peso
Talvez, sendo esta apenas uma das possibilidades, os ecos dos teus gritos surdos afagassem os devaneios de te contactar uma vez mais. Não percebo a miserável vergonha, no meio do tanto que já fomos, um colectivo impetuoso. Os teus vultos de passagem pelos bancos manchados, ou a areia que já beijas-te, revolvem a minha vontade de te sacrificar. Porque não sei cantar a exactidão, mas que era merecida para ambos, isso sim. O sabor exulcerado dos teus caracóis impregna o miserável sucesso que me rodeia. E este espaço vazio que antes se ocupou da tua voz deixa-me escoriações nas costas, vergadas de subtileza, amassada em teu bel-prazer. E dizer-te, com a mesma ignorância com que me deixas-te nas tuas frases em que pensava “se to contasse não irias acreditar, mas, de qualquer forma, permanecer irrequieto não é assim.”. Que serias, uma vez mais, aquilo que nunca iria imaginar, que não me imagino a mim. O trabalho de umas semanas e a amnésia refrescam-se de ti, e das novas formas de cuspir no teu (pouco) peso. Já te soube entender, mas não me quero aqui. Nunca quis.
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