O senhor Zé. Fruto da dignidade e providência de serenas castas provincianas, embebido na rotina jovial impedida pela convicção de não haver melhor para si. Não tem demoras mecânicas de que não se enxovalhou, mereceu as rugas do ofício. Tiro a barriga de miséria, já ele vem resvalando o negro sem se deixar oprimir por memórias vividas de tempos livres, seus conhecidos pela glória, fervor de alegria, o íntimo gritante encurralado num corpo tenro de calosidade. Poderia vir a ser o novo homem, embora nada mais discurse do próprio senão o que analiso e o mínimo que ouço, mas não se deixou corromper, ao optar por zelar uma segurança rotineira e espirituosa, criando laços aos desconhecidos. Por mim deixo-me ficar à beira da fronteira, enquanto satisfaço a jornada.
Intitulado Príncipe Mau pelos tortuosos minutos a que nos obrigou a correr. Um desrespeitoso e agravado organismo conservado pelos passageiros, tão pouco ou mais insultados que ele pela existência, desmotivados, ou meramente desprovidos de vontade, se deixam rabear pela vida. É um deles que nos conduz, roubando promessas estonteadas de quem repisa, e esmaga rodas no cume do alheamento, violando o sagrado ambiente. ‘Do que será feito de mim, onde consistirá a minha fracção?’.
O Natalício despe as peles alvas e cavalheirescas para se debruçar sobre a raia mais miúda que pelos transportes populares se vagueia, ocultamente, prega a suas renas que o façam conviver a subnutrição de alegria que por ali se colhe, rugindo graças em falatórios breves. Encobre a fantasia num corpo mais médio, entrelaçando-se ao volante das nortadas que clareia, assim brusca de época a climas. Redesenha a linha do desespero de quem corre caminhos já proferidos e preferidos, atingindo as bravas baladas que espevitam as curvas.
A sereia descobre-se de fantasiosos sonhos esmurrando com pouco azedume quem cotejar as boas formas, estéreis de tanto uso e poder, agita-se pelas padecentes fingidas de mais uma vida, porque o que já mergulhou nunca mais veio ao de cima. Ao menos que se deixe desenterrar o tão pouco tacto e tanta a repulsa que a acompanha, de tantas arvores que a perseguem, recebe o relaxamento de arrepios cálidos. ‘Não faz mal se não se entender, há tempos que se deixam continuamente incompreendidos.’. Uma vez baqueou, enrolando todos esses instantes esfaqueados pelos movimentos inconscientes que assim caracterizados usurpam lugar ao contentamento. Deixou-se estar, sem antes praguejar uma falácia.
quinta-feira, novembro 12, 2009
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