sexta-feira, julho 03, 2009

Ignis Fatuus

Dançam-se as incoerências, como que levitando numa inócua inexistência, um sôfrego de mentes desinibidas outrora ambiciosas, simplesmente ruidosas. Saqueada mais uma, única moeda de desassossego, e continuam a implantar-se à chagada de alvoradas. Só narração, sem respostas claras às gemas daquele que faz dourar o seu caixão e sem querer tropeça na razão. E se querem caminhar terão de se levar. “Com tantas guerras que travei, já não sei fazer as pazes”. Não delonga a dilatar, mentes a grifos sem saber no que tornar, e o vermelhão incandesce.

Dedo a mão, rouba que o faz e desenvolve o cansaço, abraçado a gumes afunilados, envolto em vinhos cozidos pela aspereza arrogante. Tachos e galheteiros, metais incandescentes nas suas frivolidades, gumes arremessados à incontinência do medo, madeiras farpadas ao depurante impulso, paredes raivosas embebidas na sua cólera, e ganhava a coragem. E de pesado aporto marchava mais um, uns quantos mais tarde. Embevecia-se à beleza incógnita à genialidade, terminante nos calcanhares, arranhando. Pegou em si, lutando uma vez mais, abalando-se.

Quilómetros, metros, milhas, pés, de que serviam quando não há confins. As rochas fundem-se em metalizados, entrelaçando ondas, rebolando entre iras.

Mais do que vaga sensação de memórias, um leve adocicado circulava e anseios descobria, por mal duma pobre teima.

3 comentários:

Dionísio disse...

as memórias? qual o sentido dos teus labirintos de palavras, talvez realmente não possam ser medidos a metros , pois sem um ponto finito. perco-me neles.


A tua habilidade de combinar música com palavras é genial. obrigado.

Ticha e Nocas disse...

oh rapariga, a Ticha e a Nocas vão-te dizer uma coisa: Uhuuu! (sim, não somos muito espertas)
Eu, Nocas Maria (companheira de testes de português) até te digo mais... foste promovida de coxa de frango a perna de presunto xD

*ticha e nocas, com amor

babbartyofvsky disse...

na verdade, nao é nouvelle vague, mas sim a original, da blondie. mas a letra é a mesma